Lover Ducker

domingo, 28 de março de 2010


Eu não gosto de semáforos
Sinceramente, tenho medo deles
Sempre nos dizendo o que fazer
Decidindo por nos
Por bem, por mal

Eu queria estar no topo daquela montanha
Sem semáforos pra mandar em mim
No meu cérebro..

Por favor senhor semáforo
Poderia você, ser mais cuidadoso
Ser você, menos rigoroso
Eu só quero um raiozinho de sol pra mim

Aquele sol brilhante
Sol do fim das horas
Fim da minha alegria
Descanso da dele

Eu quero meu raiozinho de sol
Brilhando
Vai iluminar meu cérebro
Então por favor senhor semáforo..

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Fernando Pessoa


O poeta é um fingidor

Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Ana e Pedro - cartas_ pag.4


Outra coisa: não ando querendo namorar ninguém, não. Ando querendo é trocar lápis, só. Outro dia, ganhei um super legal. Da Nestlé. Todo branco, com sete lados (não é desses redondos, comuns), escrito Nestlé bem pequenininho, azul. Não fala em chocolate, iorgute, nada. Você gosta de iogurte?
Você gosta de quê, além de assustar a gente?
Não entendi seu cartão. Te escrevi falando em lápis e você respondeu falando em amor. Estou ficando com medo.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Colbie Caillat - Break Through


Why is it so hard
It was so long ago
I don't know where to start or what to say to you
I've been all alone needing you by my side
But its not too late
Maybe we just needed time
Can we try to let it go?
If we don't than we'll never know
I try to break through but you know that its up to you

We say that time is meant to heal
But it still hurts inside
I wish that none of this was real
cause we're so far behind

You've been all alone
Needing me by your side
But its not too late
Maybe we just needed time
Can we try to let it go
If we don't than we'll never know
I try to break through
But you know that its up to you

And i know that our love can grow
But this damn river needs to flow
I will try to break through but you know that its up to you

Its time to make a stand
Maybe it won't last
But we should take this chance

Can we try to let it go
If we don't than we'll never know
I try to break through
But you know that its up to you
I know that our love can grow
When this damn river needs to flow
I will try to break through
But you know that its up to you

I'll try to break through but you that its up to you
I'll try to break through but you that its up to you

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Dinosaur Jr - Back To Your Heart



back to your heart
you are the only one
sharing song
i'll wait for you
breathe your air
tend to me
tell me what you want and i'll try to be
everywhere
all the time
think about the future let the past unwind
you are the shining sun
the summer comes
i leave again
for you

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

A Menina que Roubava Livros_ Ao lado da linha férrea_ pag.13



Primeiro aparece uma coisa branca. Do tipo ofuscante.
É muito provável que alguns de vocês achem que o branco não é realmente uma cor, e todo esse tipo batido de absurdo. Bem, estou aqui para lhes dizer que é. O branco é sem dúvida uma cor e, pessoalmente, acho que você não vai querer discutir comigo.

* UM ANÚNCIO TRANQUILIZADOR *
Por favor, mantenha a calma, apesar da ameaça anterior.
Sou só garganta...
Não sou violenta.
Não sou maldosa.
Sou um resultado.


Sim, era branco.
Era como se o globo inteiro estivesse vestido de neve. Como se houvesse enfiado aquilo, do jeito que se enfia um suéter. Junto à linha de trem, as pegadas afundavam até as canelas. As árvores usavam cobertores de gelo.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

As crônicas de Nárnia_ O sobrinho do mago_ pag.18


-Tudo a seu tempo, rapaz. Eu era uma das poucas pessoas que minha madrinha gostava de ver quando adoeceu gravemente. Ela não se dava com pessoas comuns, ignorantes, entende? Também eu sou assim. Mas ambos nos interessávamos pelas mesmas coisas. Poucos dias antes de morrer, ela me disse para ir buscar em sua casa uma pequena caixa, que ela guardava numa velha escrivaninha. No momento em que toquei na caixa já senti, pelo formigamento dos meus dedos, que tinha nas mãos um grande segredo. Deu-me a caixa e tive de fazer-lhe uma promessa: logo que ela morresse, tinha de queimar tudo, sem abrir, depois de certas cerimônias. Não cumpri minha promessa.
-Não diga!Foi muito feiode sua parte! - exclamou Digory.
-Feio? - perguntou tio André, muito admirado. - Ah, estou entendendo. Está querendo dizer que os meninos devem cumprir suas promessas. Muito bem, estou gostando de ver. Mas também deve admitir que essas regras morais, embora excelentes para as crianças... e para a criadagem... e para as mulheres... e para as pessoas em geral... não podem ser aplicadas aos grandes estudiosos, aos grandes sábios, aos grandes pensadores. Não Digory! Homens como eu, conhecedores da sabedoria oculta, não estão presos a essas regras vulgares... do mesmo modo como estamos distanciados dos prazeres vulgares. Nosso destino, meu filho, é solitário, mas está acima de tudo.